Casa Verde

quarta-feira, junho 15, 2005

O EXERCÍCIO DAS PEQUENAS COISAS

O santo prefere à vista, mas aceita pré-datado

Simpatia para quem perdeu o dia 13 de junho

Até o fim do mês, compre uma rosa e coloque num copo com água filtrada e uma colher de mel. Deixe no sereno por uma noite. No dia seguinte, retire a rosa e beba a água - sempre pensando naquela pessoa desejada. Amarre no talo da rosa uma fita de cetim cor-de-rosa. Depois, leve a rosa para um cruzamento(*) movimentado. Quando o sinal fechar, despetale a flor, jogue as pétalas para cima abrindo os braços e dizendo: "Pelo sol, pela lua, pelas estrelas, pela areia: meu santinho poderoso, traz fulano pra minha teia." Amarre a fita de cetim no pulso e só retire quando tiver certeza de que teve seu pedido atendido.

*Cruzamento, não encruzilhada, hein? (vade retro..)

***

Acabei de inventar essa simpatia. Assim, poderemos observar como surgem essas crendices populares, simpatias e afins. Peço para que divulguem essa simpatia pelos seus conhecidos (em especial os crédulos) para ver se vinga. Depois venham e contem os resultados. E, claro, me avisem se alguém se convencer a fazer, pois vou achar divertidíssimo assisti-lo fazendo essa presepada no meio da rua.

  • O MEC já foi, tá tudo certinho, o campus está tranqüilo, coozinhos descontraídos, uma beleza. Agora é só esperar chegar agosto pra quando eles vierem pro curso de Direito. :D

domingo, junho 12, 2005

Doses Homeopáticas

  • Dia dos namorados? Só um dia pra eu ficar feliz por não ter que comprar nada pra ninguém... Mas, sério agora, num é meio ruim a gente ter que ter um dia pra se lembrar do outro? Dia das mães, dia dos pais, aniversário... Tudo pra que, pelo menos uma vez por ano, a gente se sinta melhor em relação àquela pessoa que ignorou, discutiu e esqueceu o ano todo... Sem contar, é claro, todo o fator capitalista por trás dessas datas...
  • ...O que me leva a lembrar os senhores que falta um mês e meio para o meu aniversário. Você, que nem se importou com a minha pessoa durante todo o decorrer do ano, está na hora de se sentir um pouco menos culpado... me comprando um presentinho! Fiz uma puta lista para todos os gostos e bolsos. Uma lista de livros, e uma de dvds. Afinal, nada como vivenciar o verdadeiro espírito, o princípio que originou todas as datas comemorativas...
  • Amanhã e depois o MEC vem na faculdade. Estão todos sofrendo uma pressão do cacete, pois se alguma coisa der errado, fo-deu. Eu, particularmente, já fiz uma combinação de Coca-cola com chocolate que, se num me der uma hiperglicemia, pelo menos vai me dar uma indisgestão forte o suficiente para que eu peça dispensa nessas dois dias de pura tortura.
  • Entrando no meio dos reveladores de estrelas, tenho o orgulho de apresentar um achado do meio dramático; eis, verdadeiramente, o ator do futuro, capaz de unir em si todas as características necessárias para um astro. Vejam, em atuação brilhante, a minha descoberta. Quem sabe ele não pega o papel daquele cara que quer virar arquiteto (eu, hein...)?
  • Ah, e feliz dia dos namorados àqueles que dão importância a isso. Quem sabe... não sou eu que tô errada mesmo? =) (bah.. tô nada.. heuheueuh =P)

Melinda & Melinda (**)

O filme parte da premissa de que a partir de um mesmo fato (uma mulher que chega de surpresa pedindo ajuda em meio a um jantar de negócios) histórias podem ser desenvolvidas sob diferentes enfoques (cômico e dramático).

Dizer que é isso que ele tenta mostrar com suas duas Melindas não é grande coisa, aliás, ele mesmo afirma isto desde o começo, quando "dois escritores discutem as diferenças entre a comédia e a tragédia, criando histórias em cada um dos gêneros com uma mesma protagonista", o que é um tanto frustrante.

Contudo, apesar das histórias serem geradas sob intenções opostas, durante o desenvolvimento elas acabam se tornando interdependentes. Nenhuma das duas funciona por si só. A graça toda está na "poética" das referências que uma faz à outra; no como uma complementa a outra, o que é até interessante, mas não dá conteúdo suficiente para compor um filme inteiro, já que quando terminado somente consegue-se chegar à mesma conclusão tirada dois minutos depois do inicio da projeção:

A vida pode ser cômica ou pode ser dramática, depende dos olhos de quem vê. Mas, quem não sabe disso? Particularmente, eu não precisava que o Woody Allen viesse me contar.

domingo, junho 05, 2005

Um Filme Falado (****)

 

Em resumo: "Um filme falado" conta a história do mundo através de um cruzeiro pelo Mar Mediterrâneo. Faz um passeio por diversas culturas e nos apresenta como é possível que até mesmo os diferentes idiomas não funcionem como barreiras para a comunicação e o entendimento entre os povos. Mostra como isto pode ser simples, fácil e tranqüilo... ou melhor, como "poderia".

Saído do filme eu me questionava se tudo aquilo apresentado era realmente necessário. Será que o mundo é (porque sempre foi) ainda inconseqüente? Não seria obvio demais, em tempos atuais, mostrar tal nível de intolerância?

Contrastes...talvez...

Entro no ônibus e uma senhora começa a puxar conversa... Ouço-a então falar de imediato sobre milhões de teorias conspiratórias relacionadas (somente em sua cabeça) ao judaísmo e seus devotos (aos quais ela se referia de forma muito menos educada que esta) – desde o Banco Santander às pedras da calçada da Praia de Icaraí...

Eis que lá pelas tantas do seu monólogo ela me pergunta: - Por acaso você é judeu? E eu penso: - Mas nem que eu fosse eu diria que sim!!!! Caso contrário esse ônibus explodiria... no mínimo.

E eu que tinha acabado de sair de uma sessão achando que o mundo não era tão intolerante...ô ingenuidade... Eu estava diante de uma senhora que me mostrava o absurdo da realidade e não conseguia sequer reagir...

Acho então que talvez seja eu o errado da história... ou talvez, certo mesmo esteja Manoel de Oliveira, do alto de seus 97 anos de idade, e "Um filme falado" seja um bom modo de mudar o pensamento humano, ou pelo menos fazer-nos refletir sobre ele.

sexta-feira, junho 03, 2005

(overdose) Star Wars ****

Nos últimos 10 dias eu assisti 5 filmes "Guerra nas Estrelas" (só faltou o Episódio 4!!!), com isso eu acabo nem tendo como escrever sobre outra coisa... prometo, no entanto, ser esta a última vez que toco no assunto...

Fui ver o Episódio 3 ainda na semana de estréia e fiquei um pouco decepcionado. Não, o filme não é ruim, mas passa a impressão de que é o único dos 3 recentes que possui algum conteúdo - a trama política por trás da trasformação de Anakin é excelente, melhor que todas as cenas de ação frenética que permeiam o restante do filme. No entanto, todo esse conteúdo a ser apresentado acaba prejudicando o andamento do filme, já que resolveram apresentar todas essas informações na última hora de projeção dando uma sensação horrível de correria - ou de um mal (péssimo) desenvolvimento da edição.

Porém, apesar disso, ao rever os filmes anteriores é incrível como tudo se encaixa perfeitamente... até os Episódios I e II, medonhos, ficam agradávelmente bons após ter visto este "A vingança do Sith"... e isso por si só, já é um feito e tanto!