Melinda & Melinda (**)
O filme parte da premissa de que a partir de um mesmo fato (uma mulher que chega de surpresa pedindo ajuda em meio a um jantar de negócios) histórias podem ser desenvolvidas sob diferentes enfoques (cômico e dramático).
Dizer que é isso que ele tenta mostrar com suas duas Melindas não é grande coisa, aliás, ele mesmo afirma isto desde o começo, quando "dois escritores discutem as diferenças entre a comédia e a tragédia, criando histórias em cada um dos gêneros com uma mesma protagonista", o que é um tanto frustrante.
Contudo, apesar das histórias serem geradas sob intenções opostas, durante o desenvolvimento elas acabam se tornando interdependentes. Nenhuma das duas funciona por si só. A graça toda está na "poética" das referências que uma faz à outra; no como uma complementa a outra, o que é até interessante, mas não dá conteúdo suficiente para compor um filme inteiro, já que quando terminado somente consegue-se chegar à mesma conclusão tirada dois minutos depois do inicio da projeção:
A vida pode ser cômica ou pode ser dramática, depende dos olhos de quem vê. Mas, quem não sabe disso? Particularmente, eu não precisava que o Woody Allen viesse me contar.
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