REFLEXÕES NONSENSE

Sabe quando você, ex-detento da Casa Verde, está andando pela rua, tomando banho, jantando, indo dormir, assistindo uma aula e vem aquele pensamento absurdamente nada a ver, que te faz rir sozinho, ou ficar com vergonha de si mesmo e ainda por cima te faz perder a concentração e esquecer do que estava fazendo?

Pois então, agora suas reflexões sem sentido têm uma utilidade! Preste bem atenção no seu raciocínio e guarde-o para reproduzi-lo neste antro de produção textual!

Tive essa idéia hoje de manhã, caminhando no calçadão mais pobre-soberbo da Poça (leia-se Baía de Guanabara). E puxa!, agora podemos rir uns dos outros ou causar epifanias (não tinha a palavra ‘epifania’ no meu Word!) inconseqüentes nos nossos colegas e amigos. Quem sabe quantas idéias e discussões que se perpetuarão por gerações hão de começar com reflexões nonsense?

Dou por iniciada a coluna mais ininteligível do blog!

Mas antes de tudo, antes dessa primeira idéia, aconteceu uma outra. E foi esta primeira idéia que me levou à necessidade de compartilhar minhas perambulações psíquicas por mais esdrúxulas que fossem. Reproduzo-a:

MAUS-TRATOS ORGÂNICOS

Como vocês tiveram a prévia oportunidade de constatar, eu estava caminhando vocês-sabem-aonde, quando começaram a vir considerações fisiológicas a respeito do fígado. Sim, do Fígado.

Porque (será que vocês já pararam pra pensar?) nós ingerimos todo tipo de porcaria industrializada e comemos coisas sem saber como foram preparadas. E às vezes preparamos errado também. Por exemplo: fandangos e fanta. Corantes são péssimos pro fígado. Lá se instalam e, principalmente o amarelo, são dificilmente liberados. E também tem o álcool que faz o fígado perder a consistência e os metais que soltam das panelas e das latas e os resíduos do plástico nos copos e garrafas de água mineral. E a gente nem pensa um pouquinho no que estamos botando pra dentro, acreditando que tudo o que não serve, o corpo elimina.

Também há outras associações mais holísticas. O fígado é tido em medicinas alternativas como o órgão das emoções. E o que seria melhor, criarmos em nós emoções leves e digeríveis, como amizade, gentileza, compaixão, ou sentimentos densos e destrutivos como o rancor? (mais um argumento pra você respeitar seu fígado).

Além do supracitado, a segunda consideração ‘orgânica’, decaiu sobre ninguém menos que o cérebro. Quanta merda a gente põe dentro da cabeça! Acho que nem preciso me demorar na exposição deste argumento reflexivo. Aliás, acho que nem precisava ter me demorado nesse texto. Pelo menos eu aliviei um pouco o cérebro das minhas toxinas intelectuais...e contaminei a de vocês! hehehe